segunda-feira, 16 de novembro de 2009

Ao som de Mandrake e os Cubanos

Sou nostálgica,mas quem não é? Ainda acho incrível como certas coisas me lembram outras mais antigas (acabo de lembrar de um post da minha prima) e sempre penso que estou envelhecendo. Há. Dezesseis e se achando velha, oh deus.
Ontem, zapeando, achei um desenho que via quando era primário. Juro que consegui ouvir minha mãe mandando eu abaixar o volume da TV, meu irmão ouvindo música no computador da sala e a vizinha de baixando gritando ''FLUUKKIII!''. Isso era frequente a uns seis anos atrás.
Eu concordo com o cara - não lembro mesmo o nome - que disse que deveríamos morrer primeiro e terminar a vida voltando pro útero quentinho e aconchegante. Eu tenho medo do futuro, não quero crescer, não sei crescer.
Lembrei agora de alguém cantando uma música no Raul Gil, sempre assistido na casa da Gecy, uma da Elis Regina:
''- Mas é você que ama o passado e que não vê que o novo sempre vem..''
É verdade, Elis. Eu não vejo o novo e -maldito!- sempre acabo tropeçando nele.

sábado, 24 de outubro de 2009

Reflexões instantâneas de sábado

Eu saí da cozinha. Pensei que poderia ser indelicadeza, mas decidi que não - eu estava em minha própria casa. Deitei (aparentemente) tranquila e forcei os dentes uns contra os outros, até a mandíbula doer. Concluí então sobre aminha dispensabilidade.
Entendi que eu sou completamente substituível na vida de qualquer um, mas que outras pessoas não são. Já havia tido minha voz subjugada varias vezes para comprovar meu pensamento, sendo a escrita apenas a confirmação oficial.
Que fique claro que não culpo a ninguém, de forma alguma. Eu que, de algum jeito, me tornei uma pessoa incapaz de transparecer maturidade ou esperteza. Sou um alguém sem simpatia, sem luz, sem nada.
Como cheguei nesse ponto? Também me tornei incapaz de responder às minhas próprias perguntas.


quarta-feira, 9 de setembro de 2009

Eu tento te esquecer
Mas tudo que eu escrevo
É sobre você

Eu não posso me enganar
Fingir que estou bem
Porque não estou

Preciso de você
(Uh uh uh)
Preciso de você
Essa noite

E hoje estou aqui
Só pra te cobrar
O que você disse
Que iria ser pra sempre
Mas não foi assim
Agora o que me resta
Escrever nessa Carta
Pra lembrar

Eu passo tanto tempo
Só te procurando
Em um outro alguém
Mas não posso me enganar
Sinto sua falta
E ninguém pode ver

Preciso de você
(Uh uh uh)
Preciso de você
Essa noite

quinta-feira, 3 de setembro de 2009


Ontem fui olhar as estrelas e lembrei-me de você. Você que parecia iluminar-me, que parecia tão constante... muda como mudam essas estrelas.
Foquei melhor a Lua e vi-a como uma criança vê algo novo: algo de receio se mistura ao fascínio e à curiosidade. Olho bem as crateras e lembro que em mim também há buracos, alguns mais profundos e infinitos que os da Lua. Olho pra minha estrela, agora a olho nu, e reflito que pensar em você leva a considerações sobre mim mesma e percebo, num susto, que não conheço a você, que talvez não conheço nem mesmo a mim!
E eu falo de 'você' como se você realmente existisse pra mim.

terça-feira, 11 de agosto de 2009

Branco, primeiro. De um branco
De inocência, cego,
Branco de ignorância, branco.

Pronto verdeja o veneno.
Abre janelas o corpo.
O branco torna-se negro.

Guerra de noites e dias!
O vento assassina a brisa,
A brisa ao vento...
Na brisa
Vem conquistando o branco.
Branco verdadeiro, branco
Já de eternidade, branco.

sexta-feira, 7 de agosto de 2009

Amor_branco


Eu não consegui achar o poema de Bandeira que eu queria pra por aqui. Nem o meu livro que o tem, nem mesmo na minha ex-amada internet.
De qualquer forma, ele dizia algo como ''Branco/ branco verdadeiramente branco'', e eu fiquei por semanas tentando decorá-lo até que decidi que eram brancos demais pra minha cabeça.
Mas hoje, quando vi meu Lucas entrando depois de uma semana, com calça branca e camisa combinando, foi a primeira coisa que me veio a cabeça:
'' Verdadeiramente branco''
Agora eu já não sinto saudades; agora eu já não vago pelo quarto quase vazio; e (quase) não sinto saudades do seu perfume desfilando pela porta do meu quarto depois do banho.
Agora, tudo o que eu quero, é deixar a minha mente em branco, Lucasmente em branco.

segunda-feira, 20 de julho de 2009

bobagens de segunda-feira

Eu tenho uma confissão a fazer. Sacomé, tentativa de ficar leve.
Estava agora lendo o blog da minha prima, gracinha de pessoa, olhinhos verdes que Deus lhe deu.
E eu cheguei a conclusão de que: tudo que escrevo, é da maneira dela. Acho que no fundo - nem tão fundo - invejo sua mente perturbada, invejo como as palavras brotam da cabeça - dos dedos? sei lá - dela, invejo ela. Mas é inveja boa, se essa existe, eu juro que é.
Eu também queria ter a memória boa que ela tem, os momentos que ela teve e que eu nunca tive, e que nunca vou poder ter, eu sei.
E é isso, nesse post pela primeira vez não pensado, quem sabe pela primeira vez completamente sincero, e para ninguém ler.

quinta-feira, 9 de julho de 2009

one day i fly away.. (8)


Então, 16 anos, né. É. Comemorem por mim, amigos, e me poupem o trabalho de ter que me desculpar. 16 anos não é diferente de 15 anos e 394 dias.
Mas, enquanto vocês comemoram um ano a mais, eu celebro outra coisa. Aliás, outras.
Celebro abraços sinceros, felicidade alheia (a que não incomoda, claro), presentes de pelucia, comprados, feitos, tanto faz - de graça, até injeção na testa.
Hoje, meus amigos, eu só tenho a celebrar meus anjos particulares - os valentes guardiões de um dos meus 6324 dias de vida.

terça-feira, 9 de junho de 2009

Se..

Se teus olhos miram os meus
Se é neles que me afogo -
lagoas verdes feitas de prata-
Então neles, apenas,
quero a minha salvação.

Se teu calor busca o meu
se se axa no meu, se se queima no meu..
Então num arroubo eu te queimo,
e me queimo, e morremos.

Se são teus braços que vêm até mim,
Me abraça - roba a vida pelo toque!
Te abraço, te entrego:
leva-me tudo e leva a mim.

E se teus lábios contra os meus
fosse então a morte... ah
Doce, desejada morte!
E o mais perfeito dos infernos.

quarta-feira, 29 de abril de 2009

They were all yellow


Eu nunca entendi bem as estrelas. Sei lá o que há pra entender também! Mas, seja como for, eu as adoro.
É, simples assim, adoro, idolatro,sou fascinada, bla bla bla. Mas, que é que liga mesmo? Hm,pois é.
Hoje em dia as pessoas não ligam mais pra isso. Veja, colega, com tanta coisa pra se ver, porque diabos olhar pra cima?
Bom, minha resposta é simples. Como você se sentiria se as estrelas, um dia,deixassem de olhar pra baixo?

sábado, 18 de abril de 2009


Eu odeio segredos. Não sei vocês (alguém?) mas eu gosto de entender tudo. Quer dizer, no fim, quando tiramos todo o sarcasmo, as frases de calendário, os argumentos inventados, tudo o que me sobra é o meu parco conhecimento...
O pior de tudo é o desespero. De saber que você não saberá, e pra sempre vai ser assim. Ninguém vai se compadecer de você, meu caro, te chamar num canto e te cochichar o que você quer saber, então acostume-se!
Pois é, eu não aprendi a me acostumar.